domingo, 12 de junho de 2011

Dia 1: Llança - Albanyà

Dia longo e atribulado

O despertador tocou o alarme, pouco passava das 6h30 (hora local), foi tomar o pequeno almoço no hotel e sair para apanhar o comboio para Llança. O Zé Pedro esteve a tentar ligar o GPS que ontem tinha caído ao chão, mas nada feito, paciência ainda temos mais 2 com o track carregado.

O comboio tinha uma carruagem com zona para arrumar as Bikes, onde se agruparam vários grupos de ciclistas, havia de tudo um pouco, um ia fazer os Alpes em bicicleta de estrada, um casal ia apenas passear durante o fim de semana, 1 rapariga a solo que não fez conversa e 2 portugueses, que trabalham em Barcelona e também estavam a iniciar a transpirinaica.

Chegámos a Llança ao meio dia, tirámos uma foto de grupo da praxe e parámos logo a seguir para almoçar. O almoço foi tranquilo e nas calmas, onde deu para comer uma bela tortilha dentro de uma sandes de tomate e falar com os nossos conterrâneos. O João e o Pedro contaram-nos que era para terem saído de Barcelona às 7:00, mas como um deles esteve a passar música até de madrugada, acabaram por apanhar o mesmo comboio que nós, isto enquanto o DJ fumava o seu cigarro e bebia uma canha...

Às 13h em ponto estávamos a começar a nossa travessia com exactamente uma manhã de atraso. Na primeira subida fiquei logo sem as três mudanças mais leves do desviador de trás, toca a desmontar a roda e trocar o dropout que estava empenado. Após a troca do dropout as mudanças ficaram uma maravilha e podemos retomar a travessia (o que um desvio de milímetros pode arruinar...). Logo a seguir encontramos os nossos amigos Portugueses, que tinham saído do restaurante primeiro que nós e seguiam numa marcha lenta porque o DJ ia empurrar a bicicleta à mão subida acima. Afinal apenas o que ia à frente é que irá fazer a travessia completa, o mais lento estava a pensar (sonhar) em acompanhar o colega.

O resto do dia foi feito num bom ritmo pois o objectivo era esticar o dia de forma a ir dormir onde estava inicialmente planeado. O trilho é feito por caminhos mistos de terra, cimento e alcatrão e a partir de meio começa a subir e serpentear nas primeiras montanhas da cordilheira dos Pirinéus.

Tivemos algumas subidas não muito longas, que deram para ter aclimatar as pernas para o que está para vir. Ao fim de 7h45 lá chegámos a Albanyà e demos descanso às máquinas. O pior foi mesmo não termos conseguido encontrar nada para comer pelo caminho e termos chegado esgalgados de fome ao parque de campismo,

No parque de campismo montámos as tendas enquanto o Luis e o Jorge arranjaram o suporte dos alforges que se tinha partido e fomos tomar banho e lavar a roupa.

Para terminar jantámos um belo repasto no restaurante do parque e não é que a meio entrámos em alucinação colectiva e vimos os nossos amigos portugueses entrar no restaurante. Incrível, estavam a chegar e tinham conseguido concluir a primeira etapa! Eu agora podia dizer que o dia nem foi difícil, mas isso não aconteceu, pois houve muitas subidas e a verdade é que o nosso amigo DJ, a empurrar ou sentado em cima da bicicleta lá acabou a etapa 1 da travessia.

7h45, 70km, 13km/h, 1600 d+ 

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