Não houve grandes incidentes, para além de um engano no trajecto alternativo que nos foi sugerido no dia anterior por um habitante local, valeu-nos as cartas militares que o Zé Pedro trouxe com ele.
Grande parte do dia foi passado nas subidas que nos levaram ao topo da estância de esqui La Molina. De salientar a parte final num vale lindíssimo onde nos cruzamos com gado e cavalos selvagens a pastar.
Tivemos como brinde grandes descidas dentro da estância de esqui, feitas por single tracks e uma das pistas vermelhas da estância. Estas descidas foram tecnicamente exigentes, mas a beleza e singularidade do percurso fizeram esquecer por completo a dificuldade.
Depois houve o grande obstáculo do dia, já com as pernas a acusarem desgaste das subidas mais longas, subimos de novo ao topo da estância, por uma pista vermelha chamada "Montanha Mágica", que de mágico apenas tem termos conseguido subir as rampas de pedra irregular contrariando a dor nas pernas e o suor a correr em bica.
No final foi descer a grande velocidade para Bagà por uma estrada florestal com paisagens de cortar a respiração com pano de fundo e impossíveis de registar por completo com as máquinas fotográficas.
Este foi sem dúvida o dia que eu gostei mais, embora até agora tenha sido sempre a melhorar a cada dia que passa.
Acabo o dia cansado e com algumas dores musculares. Começo a ter alguma dificuldade em escrever o diário da viagem, parece-me que daqui para a frente, a escrita vai ser cada vez mais telegráfica.
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